Nesta sexta-feira (14/06), a cidade de Teixeira de Freitas se encontra em uma situação paradoxal. Por um lado, vemos o esforço louvável do Governo do Estado com a implementação do projeto Feira de Saúde, que oferece à população uma gama de exames e serviços essenciais. Por outro, a realidade das filas quilométricas revela um grave problema estrutural: a crise na saúde municipal, especialmente no que diz respeito à fila dos exames.
As filas que se formaram são um sintoma evidente da incapacidade do sistema de saúde municipal em atender às necessidades básicas de seus cidadãos. A população, ansiosa por cuidados médicos, expõe a falha gritante na administração da saúde local. Esta situação, infelizmente, não é inédita e reflete uma gestão deficiente que vem se arrastando há anos.
O prefeito Dr. Marcelo Belitardo, que também é médico, deveria ter uma sensibilidade maior em relação à saúde pública. No entanto, a persistência de longas filas para exames demonstra uma desconexão entre a administração municipal e as necessidades da população. A promessa de uma saúde municipal eficiente permanece, até agora, não cumprida.
O projeto Feira de Saúde, apesar de suas boas intenções e benefícios temporários, não pode ser visto como uma solução para a crise. Ele é um paliativo, uma medida emergencial que atenua, mas não resolve os problemas crônicos da saúde em Teixeira de Freitas. O verdadeiro desafio é estrutural e exige uma resposta robusta e permanente.
É imperativo que a administração municipal, sob a liderança do prefeito Belitardo, tome medidas concretas para resolver a questão das filas nos exames. Isso inclui a ampliação da capacidade dos serviços de saúde, a contratação de mais profissionais e a melhoria das condições de trabalho. Além disso, a transparência na gestão dos recursos públicos e a participação da comunidade no planejamento das políticas de saúde são fundamentais para restaurar a confiança da população.
Os cidadãos de Teixeira de Freitas merecem um sistema de saúde digno e eficiente, que atenda suas necessidades sem a humilhação das filas intermináveis. É hora de transformar as promessas em ações concretas e de longo prazo. A saúde é um direito de todos e deve ser tratada com a seriedade e o respeito que merece.
Ezequias Alves
Jornalista
Diretor da Rádio Livre e TVFF